Você já ouviu falar em síndrome do olho seco? Ela é caracterizada quando uma pessoa se encontra com um ou os dois olhos sem produzirem lágrimas em quantidade suficiente para mantê-los devidamente lubrificados, podendo afetar na maioria dos casos, os dois olhos.

Você conhece a síndrome do olho seco?

Você conhece a síndrome do olho seco?

Em algumas ocasiões o olho pode se encontrar seco, sem que haja qualquer problema ou doença ocular, nesses casos, a poluição e o excesso de exposição ao vento, sol, ar condicionado ou ambientes que de alguma forma tenham o ar mais seco.

Além desses fatores, utilizar o computador ou assistir televisão por muito tempo, assim como ficar longos períodos em frente a celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos, também pode promover o olho seco.

 

Entenda melhor a síndrome do olho seco

A síndrome ou doença do olho seco acontece quando a produção de lágrimas não atinge a quantidade suficiente para manter os olhos devidamente lubrificados. As lágrimas são produzidas a fim de proteger a superfície ocular de infecções e possíveis efeitos nocivos provindos do meio ambiente. Elas contêm vitaminas, proteínas, minerais, lipídios e substâncias necessárias para manter a córnea saudável e hidratada.

Conheça a estrutura ocular.

Conheça a estrutura ocular.

 

As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais que ficam situadas atrás da pálpebra superior. Com o movimento das piscadas, as lágrimas se espalham deixando toda a superfície ocular brilhante e transparente, formando assim um filme lacrimal.

Esse filme lacrimal é composto por três camadas:

  • Lipídica: a camada mais externa responsável por impedir a evaporação da lágrima;
  • Aquosa: camada mais espessa e intermediária composta por água;
  • Mucina: camada mais interna, responsável pela aderência do filme lacrimal a córnea.

Quando uma dessas camadas se altera, o olho pode ser considerado seco. Entretanto, o olho não pode ser considerado seco apenas pela quantidade destes constituintes, mas também pela qualidade alterada.

Quando é confirmada a síndrome do olho seco, a pessoa doente conta com uma má lubrificação ocular, fazendo com que o olho sofre uma espécie de agressão, um traumatismo mesmo, com o movimento do piscar.

 

Sintomas do olho seco

Um dos sintomas do olho seco mais frequentes é a vermelhidão e ardência, popularmente conhecido como “comichão” nos olhos. Além desses sintomas ainda podem ocorrer a produção excessiva de lágrimas, irritação excessiva dos olhos. Desconforto e complicações com o uso de lentes de contato também são sinais frequentes da síndrome do olho seco.

As pessoas acometidas pela síndrome do olho seco geralmente reclamam de olhos vermelhos, ressecados e uma forte ardência, podendo ocorrer também visão turva ao final do dia.

 

Quais são os tratamentos para a síndrome do olho seco?

A síndrome do olho seco não tem cura, no entanto, existem maneiras de controlar essa condição eficazmente, permitindo ao paciente ter uma vida completamente normal.

O tratamento para olho seco passa fundamentalmente pelo uso de colírios, lágrimas artificiais, colocadas nos olhos várias vezes ao dia, conforme a necessidade de cada paciente. Em alguns casos apenas o uso do colírio não é suficiente, fazendo-se necessário a utilização de anti-inflamatórios e antibióticos.

Já em outros casos, a oclusão dos pontos lacrimais pode ser muito útil, visto que esse procedimento evita a drenagem das lágrimas pelas vias lacrimais, permitindo assim uma manutenção melhor da superfície ocular.

O tratamento ideal deve ser recomendado por um oftalmologista, baseado na observação e resultado de exames efetuados para fazer a melhor escolha de tratamento.

 

CAUSAS

O olho seco pode ser causado e agravado por diversos fatores, como por exemplo:

  • Blefarite: uma inflamação das pálpebras.
  • Idade: pessoas com 65 anos ou mais experimentam alguns sintomas de olho seco.
  • Gênero: as mulheres são mais propensas a desenvolver olho seco, graças a alterações hormonais.
  • Deficiência de ômega 3: substância rica em ácidos graxos essenciais saudáveis.
  • Uso de medicação: medicamentos como diuréticos, anti-histamínicos, antidepressivos, anticolinérgicos, etc., podem diminuir a quantidade de lágrimas produzidas.
  • Condições médicas existentes: artrite reumatoide, lúpus, síndrome de Sjogrens e outros “distúrbios autoimunes”, bem como problemas de tireoide, podem contribuir para o desenvolvimento de olho seco.
  • Condições ambientais: fumaça, vento, climas secos e fatores externos podem aumentar a evaporação lacrimal, promovendo o olho seco.
  • Outros fatores: o uso prolongado de lentes de contato além de cirurgias refrativas do olho (Lasik e PRK), cirurgia de catarata e uso pesado de maquiagem de olho pode ser ligado a olho seco.

 

O que fazer quando se tem a síndrome do olho seco

Além da consulta com um oftalmologista para um diagnóstico mais assertivo, é preciso também tomar algumas medidas preventivas.

A mudança de hábitos na utilização do computador e de outros dispositivos digitais, também é necessária, como por exemplo, escolher um monitor adequado, adaptar a iluminação no local de trabalho e em casa, e mais algumas medidas são fundamentais para prevenir o problema do olho seco.

 

Gostou das informações? Compartilha a experiência com outras pessoas!